- Evidenciador ,
- 20 ago 2025
O dólar fechou em queda nesta sexta-feira (7), devolvendo a maior parte dos ganhos do dia anterior. O movimento veio na esteira da aprovação em dois turnos da reforma tributária na Câmara dos Deputados e após o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgar dados de emprego mais fracos do que o esperado.
Ao final da sessão, a moeda norte-americana recuou 1,28%, cotada a R$ 4,8668. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar fechou em alta de 1,64%, cotada a R$ 4,9298. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular:
Na Bolsa, o Ibovespa subiu 1,25% nesta sexta-feira (7) e fechou aos 118.898 pontos.
O que está mexendo com os mercados?
A proposta de reforma tributária aprovada pela Câmara na madrugada desta sexta-feira (7) foi o principal destaque do dia. Entre outros destaques, o texto prevê a unificação de cinco tributos em dois Impostos sobre Valor Agregado (IVA), sendo um federal e o outro com gestão compartilhada por estados e municípios.
Foram 375 votos a favor e 113 contra. A proposta de reforma ainda precisa ser aprovada pelo Senado Federal e, caso ocorra alguma mudança no texto, volta para a Câmara, onde só será votada em agosto.
O economista destaca que "como boa parte dos detalhes das mudanças vai precisar ser definida em leis complementares posteriormente, a avaliação do impacto real neste momento fica prejudicada." Ele pontua, no entanto, que a aprovação é um fator positivo para o mercado financeiro.
Nos mercados internacionais, o grande destaque do dia ficou com os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos. Segundo o Departamento do Trabalho, o país criou 209 mil novas vagas fora do setor agrícola em junho, bem abaixo das expectativas dos analistas.
A queda indica que o mercado de trabalho está menos aquecido, o que significa que a inflação também pode arrefecer, já que a população terá menos dinheiro circulando.
Se a inflação ficar controlada, as expectativas são de que os juros também parem de subir. Na quarta-feira (5), o Federal Reserve (Fed, banco central americano) mostrou um tom conservador na ata de sua última reunião, reforçando indicativos de novas altas nos próximos meses, a depender dos rumos da inflação.
Para o especialista em mercados de capitais, Daniel Moura, essa queda também pode ser um sinal de que a maior economia do mundo tenha uma possível recessão econômica à frente.