- Evidenciador ,
- 15 ago 2025
Mais uma redução foi projetada para safra de trigo da Argentina. Nessa quarta-feira (26/10), a Bolsa de Rosário divulgou uma nova estimativa de produção do cereal no país, que é um dos maiores produtores mundiais e, inclusive, o principal fornecedor externo do Brasil.
O novo número ficou 1,3 milhão de toneladas abaixo do volume divulgado na semana passada. Agora, a expectativa é de que os produtores argentinos colham 13,7 milhões de toneladas de trigo contra os 15 milhões calculados uma semana antes; o valor está bem abaixo do recorde de 23 milhões de toneladas alcançadas no ano passado.
O corte está diretamente ligado ao clima. Segundo Cristian Russo, agrônomo da Bolsa de Rosário, o país passa por uma crise hídrica sem precedentes. Somente na província de Buenos Aires, que é a mais importante em produção agrícola, o índice de reserva de água no solo é o menor em 30 anos.
A Bolsa indica ainda que, nas províncias do sul do país - regiões também importantes para o agro -, os fazendeiros tiveram que lidar com excesso de chuva e geadas, que atrasaram o desenvolvimento das plantações. Esse quadro deve fazer com que mais de 9% da área com trigo seja perdida.
Se essa colheita de quase 14 milhões de toneladas se confirmar, será a menor safra desde 2015/16, quando o país colheu apenas 10 milhões de toneladas. Mas, vale destacar, que, naquela época, a área plantada era bem inferior à atual.
Essa notícia pessimista da Argentina afetou diretamente o mercado internacional de trigo na Bolsa de Chicago, nos Estados Unidos, onde são formados os preços internacionais do grão. As cotações do cereal fecharam em alta de quase 1% na quarta-feira.