Netflix admite ter feito filmes ruins e diz ter prezado por quantidade; veja mais

Em entrevista ao site Variety, diretor de divisão de filmes admitiu que o streaming priorizou a quantidade de lançamentosem vez de qualidade, o que fez com que diversos filmes tivessem críticas negativas


A Netflix admitiu publicamente que andou priorizando a quantidade em vez de qualidade nas produções cinematográficas nos últimos anos. Em entrevista publicada pela revista Variety nesta quarta-feira (8), o diretor da divisão de filmes do streaming, Scott Stuber, confirmou que o planejamento focou na produção em massa de conteúdo como estratégia. Isso explicaria a quantidade de produções com a assinatura da empresa com recepções negativas de público e crítica.

 

O executivo justificou a escolha afirmando que eles precisavam criar um volume de produções para competir com estúdios que já tinham histórico de décadas de mercado. Entretanto, Stuber afirmou que a estratégia deve mudar nos próximos anos. Veja, a seguir, mais detalhes sobre o assunto.

De acordo com Stuber, a estratégia da Netflix era lançar pelo menos uma grande produção de filme por semana. Isso acontecia desde 2020, quando o streaming adotou a postura mais agressiva de lançamentos. “Por um tempo, queríamos ter certeza de que tínhamos produções suficientes. Precisávamos de volume”, justificou Scott Stuber, na entrevista. A consequência disso é que, de lá para cá, diversas produções tiveram recepções negativas em sites especializados, como o Metacritic e o Rotten Tomatoes. A sequências de A Barraca do Beijo por exemplo, tiveram médias abaixo de 4 no Metacritic. Já no Rotten, ambos os filmes têm menos de 40% de aprovação da crítica e público.

 

Segundo Stuber, a estratégia vai mudar. Ao invés de lançar cerca de 50 filmes por ano, a Netflix planeja reduzir este número para 25 ou 30. Assim, a empresa focaria mais na qualidade, com mais tempo para desenvolver seus projetos, que teriam lançamento mais espaçado. De acordo com o executivo, “éramos uma máquina de criar para seguir e seguir e seguir. Isso nem sempre resulta em boa qualidade. Um monte de empresas de streaming cometeram o erro de ir muito rápido e, por isso, fizemos muita coisa quando ainda não era o momento certo”.

Na entrevista, Stuber exemplicou que focar na qualidade e ter tempo de planejar as melhores produções em cada gênero é algo em que a empresa acredita. “Queremos colocar um planejamento que podemos chegar e dizer ‘essa é a melhor versão de uma comédia romântica. Essa é a melhor versão de um suspense. Essa é a melhor versão de um drama’”, apontou o executivo, ainda em conversa com o Variety.

Algumas produções recentes já podem refletir esta nova estratégia do streaming. O filme O Assassino, que será lançado em 10 de novembro, tem direção de David Fincher, renomado cineasta e responsável por clássicos modernos como Clube da Luta, S7ven Os Sete Crimes Capitais e Zodíaco, todos sucesso de crítica e também de público. O longa-metragem é também estrelado pelo ator Michael Fassbender e conta com a brasileira Sophie Charlotte no elenco.

Autor da matéria: O Evidenciador
Fonte: TechTudo

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