‘Avatar’ decepciona na bilheteria e faz Disney perder US$ 8 bilhões na Bolsa de NY


Uma bilheteria de US$ 435 milhões ao redor do mundo num único fim de semana não foi suficiente para convencer investidores de que a sequência de “Avatar” será o alívio financeiro de que a Disney precisa.As ações da companhia despencaram 4,8% na Bolsa de Nova York nesta segunda-feira, recuando à menor cotação desde março de 2020 — aquele do tsunami pandêmico —, com a frustração de Wall Street com o desempenho do novo filme de James Cameron. Em valor de mercado, o tombo significou uma perda de quase US$ 8 bilhões.

Um dos filmes mais caros já feitos por Hollywood, “Avatar: O Caminho da Água” faturou US$ 134 milhões na bilheteria americana em seu primeiro fim de semana. Foi a melhor estreia de Cameron — que tem no currículo blockbusters arrasadores como “Titanic” —, mas a cifra ficou abaixo das expectativas.

Fator China

Segundo a CNBC, os analistas estimavam que o primeiro fim de semana da sequência de “Avatar” atrairia US$ 175 milhões na América do Norte. E a própria Disney previa um valor entre US$ 150 milhões e US$ 175 milhões.

A esperança é que a sequência repita a experiência do “Avatar” original. Lançado em 2009, a obra recolheu “apenas” US$ 77 milhões na estreia americana, mas acabaria se tornando o filme com maior bilheteria da história, somando quase US$ 2,9 bilhões ao redor do mundo.

Parcela importante daquela cifra, porém, veio da China, onde a maioria dos cinemas permanece fechada por casa da gestão desastrosa da pandemia pelas autoridades de Pequim. Por isso, desta vez, a China respondeu por apenas 13% (US$ 57,1 milhões) das bilheterias globais do novo “Avatar” — resultado considerado decepcionante pela própria Disney, segundo o Wall Street Journal.

A frustração se dá em um momento de transição na Disney. A empresa acaba de trazer de volta Bob Iger como CEO, em uma tentativa de reavivar o fôlego da geração de receitas e lucro da Disney. No ano, as ações da Disney perdem 45%.

Autor da matéria: Caroline Zanetti
Fonte: O Globo

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