- Evidenciador ,
- 20 ago 2025
O sindicato de atores de Hollywood anunciou nesta quinta-feira, 13, que a negociação com os estúdios americanos para evitar uma paralisação da indústria terminou sem acordo, o que abre caminho para uma votação para decidir se os intérpretes entrarão em greve. Caso isso acontece, ocasionará em uma paralisação que não acontece desde a década de 1960 – quando Ronald Reagan, ator e futuro presidente dos Estados Unidos, liderou uma ação que acabou obrigando os estúdios a aceitar concessões – e em um ‘greve dupla’, visto que os roteiristas estão parados há mais de dois meses, com piquetes nas portas de estúdios e plataformas de streaming como Disney e Netflix. Se os atores seguirem os mesmos passos, implicará uma suspensão quase total de filmes e produções televisivas americanas. Alguns reality shows, animações e programas de entrevistas podem continuar, mas as séries dramáticas e outras atrações enfrentarão atrasos. Caso a paralisação seja prorrogada, as próximas produções também serão suspensas. “Estamos muito desapontados que o SAG-AFTRA tenha decidido abandonar as negociações. É uma decisão do sindicato, não nossa”, declarou a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP) na manhã desta quinta-feira.
O Screen Actors Guild (SAG-AFTRA), que representa cerca de 160 mil artistas, incluindo grandes estrelas de cinema, afirmou que as negociações não atenderam suas demandas sobre aumentos salariais e a ameaça representada pelo uso de Inteligência Artificial (IA) na produção de filmes e programas de televisão. O sindicato SAG-AFTRA representa grandes estrelas como Meryl Streep, Jennifer Lawrence e Glenn Close, entre outras, e todos os seus membros já aprovaram uma ação, caso um acordo não seja alcançado. Em um comunicado na noite de terça-feira, 11, o Sindicato dos Atores havia dito que não confia que os empresários tenham intenção de negociar um acordo. “Eles (os estúdios) sabem o que nossos membros precisam e quando trouxerem isto à mesa, nós os ouviremos, mas é importante que saibam que o tempo está se esgotando”, acrescentou o sindicato. As negociações se concentram em melhores salários e outros benefícios, além de definir o uso da inteligência artificial na produção de filmes e programas de televisão.