- Evidenciador ,
- 22 nov 2024
Créditos da foto: VINCENT BOSSON/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
O governo de São Paulo decidiu retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre em todo o estado a partir desta quarta (9).
Em ambientes fechados, no transporte público e dentro das escolas, porém, não há flexibilização: o uso permanece obrigatório. O novo decreto foi publicado no início da tarde em edição extra do Diário Oficial desta quarta.
A gestão estadual também anunciou nesta quarta a liberação de 100% do público nos estádios de futebol.
O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, afirmou que não será necessário o uso da máscara em quadras esportivas nas escolas, mesmo que tenham uma cobertura.
“Nossas crianças vão poder estar nas escolas, nos ambientes abertos, já sem máscara. Continua obrigatório o uso na sala de aula ou nos ambientes fechados. Nos ambientes abertos, nas quadras que só têm a cobertura, mas não são fechadas nas laterais, não precisará mais”, disse.
O governador João Doria (PSDB) também afirmou que pode retirar totalmente a obrigatoriedade do uso do item de proteção nas próximas semanas, caso os indicadores permaneçam em queda.
“Com o crescimento da vacinação de crianças de 5 a 11 anos, possivelmente em duas semanas o governo pode avaliar a liberação do uso completo de máscaras. Mas isso vai depender da consciência de cada pessoa. Se tudo continuar correndo bem, até o dia 23 de março, São Paulo pode anunciar a liberação completa do uso de máscaras em todos ambientes e em todas as circunstâncias”, disse.
A liberação das máscaras era estudada desde o final do ano passado pelo Comitê Científico que orienta a gestão de João Doria (PSDB).
Com a chegada e o avanço da variante ômicron, porém, o governo decidiu manter a regra, inicialmente prevista até o final de março. Desde a semana passada, porém, Doria já sinalizava com otimismo mudança na regra.
A medida também era analisada pela Prefeitura de São Paulo. Nesta segunda-feira (7), o g1 revelou que um estudo da Vigilância Sanitária municipal recomendou a liberação das máscaras em locais abertos na cidade, e a manutenção da obrigatoriedade do equipamento contra a Covid-19 em lugares fechados.
O estudo foi enviado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) para o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) e encaminhado ao Comitê Científico estadual.
Também na segunda, a Prefeitura do Rio de Janeiro liberou a obrigatoriedade do uso da máscara em todos os espaços da cidade.
Como mostrou o g1, a região metropolitana de São Paulo registrou a menor média móvel de novas internações por Covid-19 desde o início da pandemia.
Foram, em média, 145,8 hospitalizações provocadas pela doença no último domingo (6). O melhor índice anteriormente era de 146,28 no dia 5 de dezembro de 2021.
Apesar da queda, ainda há mais de 1 mil pacientes internados com Covid-19 na Grande SP. Neste domingo (6), há 1.819 pessoas com coronavírus em leitos de UTI e enfermaria. O menor total foi registrado em 10 de dezembro de 2021, com 1.217 internados.
No pior momento da pandemia, em março de 2021, o índice chegou a ser de 1.819 novas internações diárias na Grande SP.
Na época, o estado enfrentou esgotamento de leitos e ao menos 230 pessoas com Covid-19 ou suspeita morreram na fila por um leito de UTI na região metropolitana.
Pouco mais de um mês após o início das aulas na rede estadual, os casos de infecção por coronavírus não explodiram. Houve uma alta no meio de fevereiro, como em todo o estado, com a chegada da nova variante ômicron.
Foram registrados casos de Covid em 247 escolas e o pico foi de 388 infectados –243 alunos, 138 servidores e 7 terceirizados. Os números, no entanto, representam uma porcentagem bem pequena da rede: menos de 5% das escolas e 0,01% do total de alunos e funcionários.
Essa semana, são sete escolas com apenas nove casos confirmados — cinco entre alunos e quatro entre servidores.
Mesmo no auge da segunda onda da pandemia, em março de 2021, só 466 escolas registraram casos de Covid, com 543 infectados, segundo os registros da Secretaria Estadual da Educação.
O uso obrigatório de máscara de proteção contra o coronavírus começou no transporte público na Grande São Paulo, no dia 4 de maio de 2020.
Três dias depois, no dia 7 de maio, passou a ser obrigatório em todo o estado nas ruas, locais públicos, estabelecimentos, repartições públicas estaduais e no transporte por aplicativo.
Pâmela Pires
| Fonte: G1