- Evidenciador ,
- 14 mar 2025
Os trabalhos no futuro serão mais criativos do que mecânicos, na visão de Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp. O empresário emitiu a opinião durante um episódio do podcast “Lex Fridman Podcast”, apresentado pelo cientista da computação do MIT Lex Fridman.
Ele acredita que os empregos de tecnologia continuarão a dominar o mundo, mas não necessariamente o que se entende hoje por tecnologia. “Parte do que eu acho que vai ser ótimo sobre a economia criativa e o metaverso é que muito mais pessoas no futuro vão trabalhar fazendo coisas criativas do que eu acho que hoje consideraríamos trabalho ou serviço tradicional”, disse.
Ele embasa sua opinião a partir da própria experiência: quando o Facebook foi fundado, em 2004, os códigos foram utilizados para criar algo útil. Hoje ele observa sua filha, que já usa códigos e equações para criar expressões visuais e artísticas.
A ideia, de acordo com ele, não é que todo trabalho futuro envolva arte digital. Em vez disso, ele defende que será necessária a automação de alguns sistemas básicos, que permitem às crianças criarem arte facilmente por meio de código, por exemplo. Isso fará com que o foco seja tornar serviços antigos mais eficientes.
Ao repercutir as falas, CNBC lembra que o conceito defendido pelo bilionário não é exatamente novo. Durante anos, especialistas em tecnologia previram que a inteligência artificial acabaria se tornando capaz de substituir humanos em tarefas relativamente mecânicas, como a criação de planilhas ou códigos básicos.
Com menos tempo gasto em tarefas como essas, as pessoas teoricamente poderão gastar mais tempo em análise e brainstorming – que exigem um tipo de pensamento criativo e crítico que a inteligência artificial não pode replicar.
De acordo com um relatório divulgado pelo Fórum Econômico Mundial em 2020, 85 milhões de empregos podem ser eliminados até 2025. No entanto, esse número pode ser superado por um número estimado de 97 milhões de novas funções criadas pela tecnologia emergente – o ponto defendido por Zuckerberg.
A maioria desses novos empregos seria em áreas como marketing digital, desenvolvimento de negócios e análise de dados – que tendem a exigir habilidades de pensamento criativo e crítico.
Jaqueline Piva | Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios