Doria indica que não recuará de candidatura até junho e traça plano contra rejeição

Doria indica que não recuará de candidatura até junho e traça plano contra rejeição


Créditos da foto: Marcos Corrêa/PR

João Doria chega em seus últimos dias como governador de São Paulo com a dura missão de defender sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, alvo de desdém de rivais e de ceticismo por parte de seus correligionários. Mas o tucano não pensa em desistir. Ao menos, não agora.

Doria tem dito a pessoas próximas que, antes de junho, não tomará a decisão de abrir mão da candidatura. O diagnóstico do governador, compartilhado por seus auxiliares, é que, antes disso, o eleitor não está interessado na eleição e desistir tão antes do prazo das convenções não faz sentido politicamente.

Além disso, a aposta do grupo de Doria é que, ao deixar o comando de São Paulo, no final de março, ele poderá se dedicar à pré-campanha e melhorar seus números. Serão, portanto, três meses de pré-campanha na rua.

 

 

Se não houver guinada até junho, Doria tem repetido a aliados que irá trabalhar para eleger o candidato mais bem posicionado na terceira via. O governador vem dizendo que sua candidatura não é por ele nem pelo PSDB, mas pelo país e, portanto, o recuo pode acontecer lá na frente

 

Jair Bolsonaro, atual presidente da República, se filiou em 30 de novembro de 2021 ao Partido Liberal (PL) e deve concorrer à reeleição. Veja outros possíveis candidatos a presidente em 2022
Crédito: Alan Santos/PR

 

Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o pré-candidato do PT
Crédito: ESTADÃO CONTEÚDO

 

Ciro Gomes, ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional, pré-candidato a presidente pelo PDT
Crédito: LUCAS MARTINS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

 

Sergio Moro, ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, é o pré-candidato do Podemos, partido ao qual se filiou
Crédito: Marcos Corrêa/PR

 

João Doria, governador de São Paulo, ganhou as prévias do PSDB e se tornou o pré-candidato do partido
Crédito: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

 

Rodrigo Pacheco cumpre o primeiro mandato como senador por Minas, é presidente do Senado, acabou de trocar o DEM pelo PSD e pode entrar na corrida pelo Planalto
Crédito: Waldemir Barreto/Agência Senado

 

Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e foi anunciada como a pré-candidata do MDB ao Planalto
Crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado

 

Alessandro Vieira cumpre o primeiro mandato como senador por Sergipe e pode ser candidato a presidente pelo Cidadania
Crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado

 

Luiz Felipe d’Avila, pré-candidato do partido Novo à Presidência da República
Crédito: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

 

O partido Avante tem como pré-candidato à Presidência André Janones, que atualmente é deputado federal por Minas Gerais
Crédito: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados Fonte: Agência Câmara de Notícias

 

Doria tem pontuado entre 2% e 3% nas pesquisas de intenção de voto nacionais. Transformar esse quadro vai exigir um trabalho árduo de marketing e ajustes em sua postura, admite o próprio governador nos bastidores. Pesquisas encomendadas por sua campanha mostram um enorme descolamento entre a avaliação do governo Doria e a do candidato Doria. A gestão é bem avaliada pelos paulistas, mas a imagem do candidato tucano patina.

O desafio, portanto, é colar na figura de João Doria os feitos do governo feito por ele. E reduzir a rejeição, hoje uma das maiores entre os postulantes ao Planalto.

Para isso, a equipe do governador traçou um roteiro que envolve levar ao público nacional os feitos do governo de São Paulo e a trajetória de Doria – as dificuldades que a família enfrentou durante sua infância, o exílio do pai, a perda precoce da mãe, os estudos em escola pública.  A primeira etapa será, portanto, mostrar ao público quem é João Doria, diz um aliado.

A estratégia deriva da análise feita em pesquisas qualitativas. De acordo com integrantes do time de Doria, o eleitor não sabe muitas vezes explicar por que não gosta do governador. Há uma implicância que, na visão de seus estrategistas, tende a ser mais fácil de ser revertida do que a de candidatos que têm, por exemplo, a corrupção como motor de aversão por parte do eleitor.

 

 

Pâmela Pires

Fonte: CNN Brasil

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