COLUNA | Pedro Molina

COLUNA | Pedro Molina


Temos uma herança genética, cuja história nos trouxeram até aqui, descendência múltiplas, graças às migrações e imigrações em função dos encurtamentos de distâncias e tecnologias que propiciaram aproximações.

Evoluímos em muitas coisas, passamos por hordas, tribos, povoações, vilas, comunidades, cidades, ampliaram o conceito social de convivências entre as diversidades.

Muitas formas de governanças foram testadas, assim como o controle do poder sobre as minorias, estas por sua vez pelo fato de serem diferentes, tiveram tratamentos diferenciados, considerados muitas vezes de forma discriminatórias até mesmo excluídas do meio do qual se situavam ou situam.

Dentre as muitas diversidades, nos constituímos em singularidades com múltiplas particularidades individuais para compor as riquezas de inteligências pensantes, provocadores que alavancam as chamadas modernidades dos tempos.

Portanto, nos esquecemos de que somos um momento no tempo e espaço, continuadores de nossos antecessores, dotados de um DNA que nos tornam os preservadores da continuidade da espécie humana, cujos registros de continuidade registros ontofilogenético, nos tornam responsáveis na ocupação do planeta, atributos delegados pela natureza as femeas.

Segundo estudos antropológicos, somos originários de três raças: o preto, o amarelo e o vermelho, herdeiros diretos destes, com características de um arco íris em fusão de cores diversas, até suas mutações recentes de colorações observadas.

As últimas pesquisas sobre genomas realizadas por cientistas brasileiros em conjunto com outros, chegaram às conclusões importantíssimas de nossa formação Latino-Americana particularmente. Dentro das diversidades pesquisadas, nós brasileiros somos herdeiros de 60% europeus, transmissão esta pelo sexo masculino, os outros 40% multirraciais, dentre fatores migratórios desde sua colonização, transmitidos pelo sexo feminino, detentoras que imprimem estas características.

Interessante notar, somos multirraciais, e que não é a cor da pele que define quem você é às vezes o negro tem uma ascendência branca maior do que a cor que demonstra exteriorizada. Assim como, o mundo das aparências prevalece sobre o olhar, dificuldades que temos de nos confundir na formação das imagens, plagiando o filósofo Sócrates (470 a.C. – 399 a.C.).

Por sua vez, a neurociência tem nos atualizados com recentes estudos do cérebro a partir da segunda metade do século XX, nossa adaptação na captação das imagens exteriores sofre interferências da luz, ou seja, na propagação da difusão de seus espectros luminescentes, muitas vezes distorcem as imagens captadas, levando-nos às dúvidas e enganos.

Daí, a importância da educação: ligar o passado ao presente, assim projetarmos o futuro que queremos ter, fundamentalmente um processo que se faz urgente suas reformulações, responsabilidade nas informações do conhecimento, assim formar cidadãos independentes, estruturar o pensar de forma a usar a inteligência como fator de mudanças para uma sociedade mais coesa e humanitária, menos difusa ou confusa.

Transformação esta que ficou exposta diante da crise que passamos com a desinformação do real, distorções, manipulações de informações, que diante de uma população educada, esclarecida, filtros impediriam as manipulações de uma minoria destrutivas de valores impostos sem pesos e contrapesos.

Contradições notórias diante da chamada inclusão, estudos recentes para entender as diversidades cerebrais dos jovens aprendentes e suas diferenças na captação do aprendizado na formação da linguística e intelectual. Vemos prevalecer à exclusão como meta de segregação e separação, miasmas de um cérebro binário constituído secularmente que não se sustenta diante da física surgente, bases constituintes de linguagens computacionais que já ultrapassaram no quesito velocidade e estruturação a caminho da inteligência artificial.

Reflexões breves para que possamos dialogar com o passado de experiências, compor o presente e projetar o futuro na manutenção da espécie animal humana na resolução do verdadeiro humano que ansiamos ser.

Para que possamos recompor, passa pela harmonização da dicotomia, ou seja, da divisão da matéria e a alma, cujos pensadores comprometidos com os pensamentos nos últimos séculos deixaram-se levar por ideologias, mergulhos niilistas do nada, de forma desastrosa com o materialismo dialético, cuja cisão de algo que transcende o ser mitológico dos quais somos intrinsicamente constituídos pela nossa ancestralidade primitiva, que constitui nossos arquétipos arcaicos mais profundos, ligando-nos à espiritualidade e à metafisica. Faz-se necessário de forma qualitativa a pacificação!

Fracassos prementes se vislumbram na coisificação do ser quanto ente, sujeitos asujeitados na perda da forma, alienados no sentido de lugar, princípio de negação a caminho da renegação do que é. Perdidos em sua dicotomia mental desajustada, recompor é preciso, preencher o vazio, a lacuna entre o que não é.

Pedro Molina é Psicanalista Freudiano – Psicanálise Dinâmica – Academia de Psicanálise e Ciência Humana – São Paulo – Graduado em Filosofia (licenciatura Plena) pelo Centro Universitário Claretiano (CEUCLAR). Pós-Graduação em “Psicologia Clinica: Psicanálise”, pela Universidade de Araraquara (UNIARA). Pós-Graduação em “Antropologia e Neuropsicanálise”, pela Faculdade Unyleya de Brasília, Mestrando e Doutorando em Psicanálise na EBWU.

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