- Evidenciador ,
- 19 nov 2024
Foto: Reprodução - HBO 2022
Há alguns anos era comum que quando fôssemos assistir a um filme ou série em casa, bastava abrir a Netflix e conferir um catálogo recheado de produções dos mais diversos gêneros e estúdios. Entretanto, hoje em dia a realidade não é mais essa, e eu não sei vocês, mas isso me deixa um pouco incomodado...
A moda do momento são os streamings, afinal, em um mundo de rotinas cada vez mais agitadas, não é sempre que temos disposição (ou dinheiro) para sair e ir ao cinema, ao teatro e até mesmo a um show. Assim, os streamings se tornam a nossa salvação e melhores companhias, pois têm tudo aquilo que precisamos no conforto de nossas casas.
Mas, de uns tempos para cá, não apenas um, mas praticamente todos os estúdios decidiram criar o seu próprio streaming e controlar todos os seus materiais, impedindo-os de estarem nos concorrentes e criando um monopólio sobre o que produzem, e é aí que o problema começa a tomar forma.
Se antes bastava um local para podermos passar horas desfrutando dos mais diversos conteúdos, agora é preciso empenho em não apenas acessar, mas pagar, diferentes plataformas caso queiramos estar por dentro de tudo ou simplesmente conferir um lançamento ou série que gostamos. E isso não afeta negativamente apenas a gente, consumidores, mas também os próprios estúdios, pois pensa comigo, com vários sites piratas espalhados pela internet contendo tudo aquilo que você acha nos streamings, as pessoas realmente irão pagar por todos? Eu creio que a resposta seja um pouco óbvia.
É claro que ao abordar a pirataria, precisaria fazer paralelos entre os números de assinantes e quantas pessoas baixam ilegalmente, fora a propaganda gratuita que isso gera para a empresa e outras coisas, mas o foco não é esse, e sim que um produto que devia servir como agente facilitador acaba se tornando um empecilho, levando as pessoas a agirem de forma totalmente oposta ao esperado.
A Netflix, no começo do texto citada, é uma empresa que vem sofrendo com essa questão, pois, com um catálogo cada vez mais escasso de produções não originais, o constante aumento de preço e uma concorrência cada dia maior, as pessoas estão deixando a queridinha de lado e migrando para aquele que mais a agrada ou simplesmente aderindo à pirataria. Só no segundo trimestre desse ano a empresa perdeu 970 mil assinantes, segundo relatório próprio.
Eu não sei até onde essa era dos streamings irá chegar, se essa monopolização irá continuar ou se simplesmente decidirão se juntar e criar algo capaz de abranger grande parte das coisas, o que importa no momento é que isso está gerando um excesso de plataformas que não são totalmente necessárias, sendo mais uma competição sobre quem sai na frente, do que uma forma de tornar o acesso às mídias mais simples.
Mas e você, o que acha de tudo isso?